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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

VÍDEO-AULA 12:RETARDO MENTAL E AUTISMO



Muitas crianças com deficiência mental e autismo são capazes de crescer, aprender e se desenvolver, desde que a família e a escola conheçam um pouco mais sobre estas condições. Crianças com atraso mental ou com autismo podem obter resultados escolares muito interessantes. Para isso, é importante avaliar a necessidade específica da criança e seu grau de comprometimento para direcionar estratégias mais efetivas.

Dicas para professores

Aprenda tudo o que puder sobre deficiência mental e autismo. Procure quem o possa aconselhar na busca de bibliografia adequada.

Reconheça que o seu empenho pode fazer uma grande diferença na vida de um aluno com atraso mental. Procure saber quais são as potencialidades e interesses do aluno e concentre todos os seus esforços no seu desenvolvimento. Proporcione oportunidades de sucesso.

Participe ativamente na elaboração do Plano Educativo do aluno. Este plano contém as metas educativas, que se espera que o aluno venha a alcançar, e define responsabilidades da escola e de serviços externos para a boa condução do plano.

Seja tão concreto quanto possível. Demonstre o que pretende dizer. Não se limite a dar instruções verbais. Algumas instruções verbais devem ser acompanhadas de uma imagem de suporte. Mas também não se limite a apoiar as mensagens verbais com imagens. Sempre que necessário e possível, proporcione ao aluno materiais e experiências práticas e sobretudo a oportunidade de experimentar as coisas.

Divida as tarefas novas em passos pequenos. Demonstre como se realiza cada um desses passos. Proporcione ajuda, na justa medida da necessidade do aluno. Não deixe que o aluno abandone a tarefa numa situação de insucesso. Se for necessário, solicite ao aluno que seja ele a ajudar o professor a resolver o problema. Partilhe com o aluno o prazer de encontrar uma solução.

Acompanhe a realização de cada passo de uma tarefa com comentários imediatos e úteis para o prosseguimento da atividade.

Desenvolva no aluno competências de vida diária, competências sociais e de exploração e consciência do mundo envolvente. Incentive o aluno a participar de atividades de grupo e nas organizações da escola.

Trabalhe com os pais para elaborar e levar a cabo um plano educativo que respeite as necessidades do aluno. Partilhe regularmente informações sobre a situação do aluno na escola e em casa.

A maior parte dos alunos necessita de apoio para o desenvolvimento de competências adaptativas, necessárias para viver, trabalhar e divertir-se na comunidade.

Algumas destas competências incluem:

a comunicação com as outras pessoas;
satisfazer necessidades pessoais (vestir-se, tomar banho);
participar na vida familiar (pôr a mesa, limpar o pó, cozinhar);
competências sociais (conhecer as regras de conversação, portar-se bem em grupo, jogar e divertir-se);
saúde e segurança;
leitura, escrita e matemática básica;
e, à medida que vão crescendo, competências que ajudarão a crianças na transição para a vida adulta.

Expectativas de futuro das crianças com atraso mental

87% das crianças com deficiência mental ou autismo só serão um pouco mais lentas do que a maioria das outras crianças na aprendizagem e aquisição de novas competências. Muitas vezes é mesmo difícil distingüí-las de outras crianças com problemas de aprendizagem sem atraso mental, sobretudo nos primeiros anos de escola.

O que distingue umas das outras é o fato de a criança com atraso mental não deixar de realizar e consolidar aprendizagens, mesmo quando ainda não possui as competências adequadas para as integrar harmoniosamente no conjunto dos seus conhecimentos. Daqui resulta, não um atraso simples que o tempo e a experiência ajudarão a compensar, mas um processo diferente de compreender o mundo.

Essa diferente compreensão do mundo não deixa, por isso, de ser inteligente e mesmo muito adequada à resolução de inúmeros problemas do quotidiano. É possível que as suas limitações não sejam muito visíveis nos primeiros anos da infância. Mais tarde, na vida adulta, pode também acontecer que consigam levar uma vida bastante independente e responsável. Nessa altura, não lhes sendo impostas grandes exigências ao nível do funcionamento mental e do funcionamento adaptativo, também pode acontecer que muitas pessoas que se cruzam com pessoas com deficiência ou autismo não detectem as suas limitações. Na verdade, as limitações só serão visíveis em função das tarefas que lhes sejam pedidas.

Os restantes 13% terão muito mais dificuldades na escola, na sua vida familiar e comunitária. Uma pessoa com atraso mais severo necessitará de um apoio mais intensivo durante toda a sua vida.

Fonte: Mac.com | Jorge Nunes Barbosa, educador
Texto adaptado para publicação no site do Instituto Indianópolis

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